“Independência”parte de memórias da situação colonial em Angola, revela os passos iniciais da luta de libertação e percorre alguns dos seus principais cenários.
A 11 de Novembro de 1975 Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português. O regime de Salazar recusava qualquer negociação com os independentistas, aos quais restava a clandestinidade, a prisão ou o exílio. Quando quase toda a África celebrava o fim dos impérios coloniais, Angola e as outras colónias portuguesas seguiam um destino bem diferente. Só após o golpe militar de 25 de Abril de 1974 ter derrubado o regime, Portugal reconheceu o direito dos povos das colónias à autodeterminação.
Os anos de luta evocados em “Independência” determinaram o rumo de Angola após 1975. Opções políticas, conflitos internos e alianças internacionais começaram a desenhar-se durante a luta anti-colonial. As principais organizações (FNLA e MPLA e, mais tarde, UNITA) nunca fizeram uma frente comum e as suas contradições eram ampliadas pelo contexto da Guerra Fria. A independência foi proclamada já em clima de guerra, mas com muita emoção e orgulho, como é contado no filme.