Irão, meu amor – sessão #1

Journey of no Return de Mitra Tabrizian (1993, 23′)

Uma mulher “sem nome e sem país” procura um sentido de pertença. Quando lhe pedem para escrever um guião sobre a sua experiência, ela constrói uma ‘autobiografia’ parcialmente ficcionada. Uma fotógrafa que nunca tocou numa máquina fotográfica. Uma rapariga num peep-show que nunca trabalhou em nenhum. Uma argumentista que nunca escreveu um diálogo.

Entretanto, as suas cartas não enviadas ao pai ecoam as perguntas dirigidas a todos os imigrantes: ‘Porque estás aqui?’ e ‘Quando vais voltar?

O filme é uma crítica a certos aspectos da cultura britânica e aborda crises de identidade.

Mothers Apricot Compote de Nia Fekri (2020, 23′)

Uma narrativa fragmentária sobre duas mulheres que têm vidas distantes uma da outra, mas que, ainda assim, se assemelham. O filme evoca os fantasmas que assombram a vida quotidiana destas duas mulheres. É simultaneamente uma reflexão sobre a experiência do imigrante dentro e fora da diáspora iraniana, e sobre as formas como a memória geracional irrompe através da superfície da vida quotidiana.

Away de Parisa Aminolahi (2013, 15′)

Away conta a história de um jovem casal que se muda do Irão para os Países Baixos. A mulher tenta explorar o ambiente novo e adaptar-se. No entanto, o contraste entre o local de onde vieram e onde vivem agora, o seu isolamento e o facto de estarem longe da família e dos amigos causam-lhe desânimo e saudades de casa. As memórias e a nostalgia do seu país encorajam-na a abandonar a realidade, a dormir e a viver nos seus sonhos, mas um fenómeno peculiar ameaça a sua vida…